EP-082 - PANORAMA DAS INTERNAÇÕES POR ESQUISTOSSOMOSE NA BAHIA ENTRE 2019 E 2023

Autor: Renata B.S. Viegas, Maria Fernanda C.M. Moreira, Luana Couto Amparo, Ana Karol Souza da Silva, Ana Alice Lemos Lima, Rafaela G.Z. Macedo, Celijane Almeida Silva, Bruno Dias Queiroz, Narottam S.G. Chumpitaz, Janderson de Castro e Silva
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 28, Iss , Pp 104008- (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2024.104008
Popis: Introdução: A esquistossomose é uma doença infecto-parasitária de considerável morbidade a nível mundial e nacional, cuja incidência possui uma correlação inversa com as condições socioeconômicas locais. Entre os estados brasileiros endêmicos para a patologia, a Bahia possui a segunda maior prevalência e a maior área endêmica, com aproximadamente 60% de municípios afetados. As principais manifestações clínicas são causadas por uma resposta imune do hospedeiro à presença de ovos do S. Mansoni no intestino e fígado, que pode evoluir para a cronificação do quadro. Outrossim, a prevenção da doença urge uma abordagem multisetorial, com fomento, sobretudo, de práticas educativas, saneamento básico e combate ao vetor. Objetivo: Analisar a quantidade de notificações por esquistossomose na Bahia no período de 2019 a 2023. Método: Trata-se de um estudo realizado mediante coleta de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificações (SINAN), vinculado ao DATASUS. Os dados selecionados foram de infecção por esquistossomose na Bahia entre 2019 a 2023. Foram utilizados como critérios de inclusão da pesquisa o ano de registro, sexo, faixa etária e forma clínica da doença. Foram excluídos da análise raça/cor e demais patologias. Por utilizar de dados secundários de domínio público, não foi necessária a submissão no Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Entre 2019 e 2023 foram registrados 1.557 casos de esquistossomose na Bahia. O ano com maior número de casos foi 2023, contabilizando 546 (35,06%) notificações, seguido de 2022, com 299 (19,20%). O período com menor total de casos foi 2019, totalizando 272 (17,46%) registros. Quanto à forma clínica manifestada da doença, o acometimento intestinal mostrou-se prevalente entre as outras, com 554 (35,58%) notificações. Em relação ao perfil epidemiológico, o sexo masculino e a faixa etária de 40 a 59 anos apresentaram maior número, com 883 (56,71%) e 525 (33,71%) casos, respectivamente. Conclusão: Observa-se um considerável aumento do número de internações por esquistossomose entre 2019 e 2023. Implementos no Sistema de Informação do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose (SISPCE) são uma hipótese para explicar este panorama. Contudo, há uma carência de estudos que explorem as causas deste fenômeno, sendo isto uma limitação deste trabalho. Ademais, o perfil epidemiológico com maior prevalência de internações coaduna com outros registros na literatura.
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