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Este artigo procura responder a uma instigação provocada pela imagem do Cristo que, nas igrejas, é apresentado em múltiplas variações. No Evangelho encontramos um Jesus, o bom Pastor, terno e cuidadoso da ovelha ferida, decidido a denunciar as causas de suas dores. Na arte, nos inquietou o Cristo sério, com o rosto rígido, estático e majestoso. Este texto busca dar pistas a uma possível resposta a essa aparente contradição em três momentos. Foi elaborado a partir de uma pesquisa de fôlego e de um estudo in loco da arte paleocristã, realizados pela então mestranda Lucy Mariotti, e provocado por meus estudos sobre o poder pastoral em Michel Foucault e José Comblin. Fruto de um feliz encontro, contendo as mesmas preocupações de o porquê da ênfase no poder ao invés do cuidado na iconografia de nossas igrejas, foi elaborado a quatro mãos que, respeitosamente, se alternaram no teclado do computador. |