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Objetivo: Verificar a prevalência de obesidade abdominal e seus fatores associados em adolescentes. Materiais e métodos: Estudo transversal e analítico desenvolvido em escola pública do Maranhão, com 152 adolescentes. Os dados foram coletados utilizando questionário com variaveis socioeconômicas, demográficas, estilo de vida, consumo alimentar e antropométricas. A variável dependente foi a obesidade abdominal, definida pela circunferência da cintura. Realizou-se o método de regressão de Poisson utilizando o programa Stata versão 12.0. Resultados: Dos adolescentes entrevistados, 56,5% eram do sexo feminino, 39,5% tinham idade de 17 a 19 anos e 72,9% consumiam refrigerante de 1 a 4 vezes por semana. De acordo com o IMC, 5,3% estavam com sobrepeso. No que se refere aos indicadores antropométricos 11,1% e 31,3% apresentavam risco para doenças cardiovasculares de acordo a razão cintura/estatura e circunferência do pescoço, respectivamente. A prevalência de obesidade abdominal foi de 14,6%. Ter idade de 17 a 19 anos (IRR=2,44; IC=1,16-5,13), ser fumante (IRR=4,18; IC=2,33-0,00), consumir refrigerante (IRR=0,43; IC=0,20-0,92) e bebidas energéticas (IRR=2,49; IC=1,00-6,19) de 1 a 4 vezes por semana foram associados a obesidade abdominal. Discussão: A literatura mostra a associação do fumo e do consumo de bebidas ricas em açúcares de adição com a obesidade abdominal. Conclusão: Observa-se a necessidade de adotar medidas de avaliação, identificação e monitoramento do estado nutricional de escolares, com o intuito de promover intervenções nutricionais precoces. |