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Introdução – A cafeína induz alterações fisiológicas, como o aumento da pressão arterial, que se refletem na hemodinâmica cerebral. Objetivos – Avaliar o efeito da cafeína nas velocidades de fluxo das artérias cerebrais, bem como relacionar o seu efeito com testes cognitivos. Método – Estudo observacional, prospetivo, em 35 estudantes, dos 18 aos 25 anos, da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias. Os voluntários foram distribuídos em dois grupos, sendo que o grupo 1 consumiu um café normal e o grupo 2 um descafeinado de marca branca, sem adição de açúcar. Os dados foram recolhidos através da realização do exame triplex scan transcraniano e do teste cognitivo MoCa, após realizado consentimento livre e esclarecido. O procedimento foi dividido em duas fases, pré e pós-estimulante. No decorrer do estudo foram assegurados os princípios da declaração de Helsínquia. Na correlação das variáveis foram utilizados os testes não paramétricos Wilcoxon, Spearman e Mann-Whitney. Resultados – Comparativamente ao basal, na condição de cafeína houve um aumento nas velocidades de fluxo das artérias cerebrais médias (p=0,0001), o mesmo sucedeu com a pontuação do MoCa Teste (p=0,0001). Discussão – Na análise das velocidades de fluxo das principais artérias cerebrais e aquando da realização de testes cognitivos constata-se um aumento significativo das velocidades de fluxo sob efeito da cafeína, apesar de esta ser mais notória na artéria cerebral média. Conclusão – A artéria cerebral média é a artéria mais suscetível a alterações; no entanto, estas não diferem entre o café normal e descafeinado; o mesmo acontece aquando da realização do MoCa Teste. |