Escravidão: tema tabu para os museus de arte decorativa
Autor: | Joseania Miranda Freitas |
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Jazyk: | English<br />Portuguese |
Rok vydání: | 2020 |
Předmět: | |
Zdroj: | Revista PerCursos, Vol 20, Iss 44 (2020) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 19847246 1984-7246 51675455 |
DOI: | 10.5965/1984724620442019056 |
Popis: | O ensino e a prática museal no campo da arte decorativa estiveram, durante muito tempo, aliados aos modos de pensar colonial e imperial, privilegiando concepções artísticas europeias, sacralizando objetos advindos das elites enriquecidas pelo trabalho escravo. Este texto apresenta reflexões de quase duas décadas de docência na área de arte decorativa para o curso de graduação em Museologia na Universidade Federal da Bahia (UFBA). O tema da escravidão de povos africanos tem sido tabu para os museus, ficando tais discussões reservadas àqueles específicos (etnográficos e históricos), omitindo-se, dessa forma, que a formação econômica dos países colonizados e suas metrópoles se deu através dessa força de trabalho. O caminho metodológico para enfrentar esse tabu tem sido o de descolonizar o olhar em arte decorativa, o que implica suscitar uma tomada de posição crítica frente aos acervos hegemonicamente estabelecidos, ainda ancorados na chegada, conquista e estabelecimento dos europeus nas Américas como marco fundante de processos civilizatórios. O termo colonial não se aplica exclusivamente aos processos de governança, mas ao campo epistemológico, à manutenção do conhecimento eurocentrado. A docência nessa área é desafiadora, pois está atrelada aos acervos, resultantes da permanência de padrões e gostos coloniais-eurocentrados, não somente no campo artístico, mas também no campo das mentalidades. Palavras-chave: Escravidão. Museus de arte decorativa. Descolonização do olhar. |
Databáze: | Directory of Open Access Journals |
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