Avaliação ecocardiográfica na diabetes mellitus tipo 1

Autor: Thaís Rossoni Weber, Roberto Léo da Silva, Sandra Cossul, Marco Stephan Lofrano Alves, Simone Van der Sander Lee, Jefferson Luiz Brum Marques
Jazyk: English<br />Portuguese
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Revista Portuguesa de Cardiologia, Vol 40, Iss 10, Pp 757-765 (2021)
Druh dokumentu: article
ISSN: 0870-2551
DOI: 10.1016/j.repc.2020.11.012
Popis: Resumo: Fundamento: Diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença crônica com pico de incidência na adolescência, com grande impacto na morbimortalidade, principalmente cardiovascular. A cardiomiopatia diabética caracteriza‐se por lesões estruturais e funcionais na ausência de outras doenças; e está implicada na progressão para insuficiência cardíaca. A ecocardiografia tem propiciado a identificação de lesões cardíacas precoces, apesar de resultados controversos na DM1. Objetivo: Avaliar alterações cardíacas em indivíduos com DM1 em comparação ao controlo (pessoas sem comorbidades) através de ecocardiografia bidimensional convencional com Doppler e avançada com strain por speckle tracking. Métodos: Estudo caso‐controlo com 40 pacientes com DM1 de 20 a 50 anos, assintomáticos, normotensos, e 40 controlos. Avaliação ecocardiográfica em modo bidimensional foi realizada para medida de espessura miocárdica e das câmaras cardíacas, uso de Doppler tecidular na análise diastólica e strain por speckle tracking para quantificar a função sistólica ventricular. Resultados: Idade média foi de 33 anos em ambos os grupos, com duração média da DM1 de 18 anos, 20% dos pacientes com diabetes apresentaram retinopatia diabética; 12,5%, lesão renal; e 10%, neuropatia periférica. Houve diferenças na função diastólica do ventrículo esquerdo (E’ lateral, E’ médio e relação S/D) e do ventrículo direito (E’ tricúspide e relação E’/A’ tricúspide). O valor médio do strain global longitudinal foi ‐21,7% (+‐ 2,3) no grupo DM1 e ‐21,0% (+‐2,0) no controlo (p = 0,21). Conclusão: A avaliação ecocardiográfica identificou redução nos índices de função diastólica na DM1 em comparação ao controlo, que pode constituir a lesão cardíaca inicial na diabetes. Abstract: Introduction: Type 1 diabetes (T1D) is a chronic disease with peak incidence in adolescence; it has a major impact on morbidity and mortality, especially cardiovascular. Diabetic cardiomyopathy is characterized by structural and functional lesions in the absence of other diseases and is involved in the progression to heart failure. Echocardiography has led to the identification of early cardiac lesions, despite controversial results in the literature in patients with T1D. Objective: The objective of this study is to assess cardiac changes in individuals with TD1 compared to the control group using conventional two‐dimensional Doppler and advanced speckle tracking echocardiography. Methods: This is a case‐control study with 40 asymptomatic, normotensive T1D patients aged 20 to 50 years and 40 healthy subjects. Two‐dimensional echocardiography was performed to measure myocardial thickness and cardiac chambers. Tissue Doppler echocardiography was used for diastolic analysis and speckle tracking echocardiography to quantify ventricular systolic function. Results: The mean age was 33 years in both groups, with an average T1D duration of 18 years; 20% of patients with T1D had diabetic retinopathy; 12.5% kidney injury; and 10% peripheral neuropathy. There were differences in the left ventricular diastolic function parameters (lateral E’, middle E’ and S/D ratio) and right ventricle (tricuspid E and tricuspid E’/A’ ratio). The mean value of the global longitudinal strain was ‐21.7% (+‐ 2.3) in the T1D group and ‐21.0% (+‐2.0) in the control group (p=0.21). Conclusion: Echocardiography revealed a reduction in indices of diastolic function in T1D compared to the control group, which may be the initial cardiac lesion in diabetes.
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