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Se o herói das epopéias homéricas, além de pertencer às castas superiores, não poderia morrer sem demonstrar sua bravura em batalhas e em outros desafios, nem padecer insepulto sob o céu, deixando suas histórias como matéria poética hierarquizada, o herói moderno, tendo por vezes origem socioeconômica desconhecida, atravessa céus e terras, enfrentando agruras cotidianas e misteriosas. Ambos os heróis têm coragem, porém discutimos se ambos a desenvolvem como virtude, isto é, como uma firme disposição para o bem e sem o aguardo de recompensas para fazer o bem, o que não os exime de sentir medo. Ao examinarmos os percursos de Odisseu, de Homero, e de Roseno, em meu Tio Roseno, a Cavalo, de Wilson Bueno, e compará-los, poderemos demonstrar que a coragem do primeiro não é uma virtude e a do segundo o é. |