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OBJETIVOS: A depressão é uma condição prevalente e apresenta um impacto importante na evolução de pacientes com insuficiência renal crônica em estágio terminal. O presente estudo tem como objetivo primário estabelecer a prevalência de depressão maior nos pacientes em hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Como objetivos secundários estão verificar a prevalência de alguns outros transtornos que compõem o chamado "espectro depressivo" e caracterizar os grupos de pacientes encontrados. PACIENTES E MÉTODOS: Os dados foram coletados através de entrevista única com os pacientes e consulta ao prontuário. RESULTADOS: De um total de 41 pacientes avaliados, 22 (53,66%) não preenchiam critérios para quaisquer dos transtornos pesquisados, 10 (24,39%) receberam diagnóstico de depressão maior de acordo com o instrumento utilizado, o PRIME-MD, 5 (12,19%) apresentavam remissão parcial de transtorno depressivo maior, 4 (9,76%) apresentavam transtorno depressivo menor e 5 (12,19%) apresentavam distimia (essa última ocorrendo em todos os casos concomitante com depressão maior). Considerando o "espectro depressivo", têm-se 19 pacientes (46,34%) nesse grupo. CONCLUSÃO: Assim como na literatura, também em nosso meio constatamos a relevante associação entre depressão e insuficiência renal crônica em estágio terminal nos pacientes em hemodiálise e depressão. A equipe de saúde deve estar alerta para essa situação e preparada para um manejo que propicie a melhor qualidade de vida possível para esses pacientes. |