Polineuropatia desmielinizante como manifestação inicial isolada de hanseníase

Autor: Karina Lebeis Pires, Mariana Beiral Hammerle, Ricardo Barbosa Lima, Márcia Beiral Hammerle, Marcelo Ribeiro Caetano, Luciana Ferreira Araújo, Manuela Romagna Bongiolo, Camila Bastos Almenara, José Antônio Bonifácio da Silva, Carlos Bruno Nogueira, Regina Papais Alvarenga
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Medicina, Vol 53, Iss 1 (2020)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2176-7262
0076-6046
DOI: 10.11606/issn.2176-7262.v53i1p73-79
Popis: Modelo do Estudo: Relato de caso Importância do problema: No mundo, mais de três milhões de pessoas estão vivendo com deficiência física devido à hanseníase. O Brasil é o segundo país com o maior número de casos novos registrados. A magnitude e o alto risco de incapacidade mantêm a doença como problema de saúde pública. O diagnóstico de hanseníase em geral é simples. Porém, quadros com ausência de lesões cutâneas características, somente com alterações neurais, representam um desafio para o diagnóstico diferencial com outras doenças neurológicas. Comentários: Relatamos o caso de um paciente encaminhado ao serviço de neurologia com história clínica e eletroneuromiografia compatíveis com polineuropatia desmielinizante, sem qualquer lesão cutânea ao exame de admissão. O raciocínio clínico inicial foi direcionado para o diagnóstico das polineuropatias desmielinizantes inflamatórias adquiridas como Polineuropatia Desmielinizante Inflamatória Crônica (CIDP) e suas variantes. No entanto, após anamnese e exame físico detalhados, chamou a atenção a ausência do componente atáxico e a presença predominante de alterações sensitivas de fibra fina, espessamento de nervo e importante fator epidemiológico para hanseníase, motivando a suspeita e a investigação desta enfermidade por meio da biópsia de nervo que foi sugestiva de hanseníase. Após três meses, em novo exame do paciente para biopsiar áreas de anestesia para reforçar o diagnóstico, observou-se o surgimento de extensas lesões levemente hipocrômicas no tronco e membros inferiores, cuja biópsia definiu o diagnóstico de hanseníase.
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