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Neste artigo discutimos a proposta de nacionalização do ensino durante o governo de Getúlio Vargas, abordando aspectos do plano político e ações educativas. O objetivo é refletir sobre o ideário, as políticas e estratégias nacionalistas que visaram utilizar a educação escolar como formadora da nacionalidade, especialmente nas comunidades de imigrantes alemães no Sul do Brasil. Estas eram historicamente organizadas com referenciais etno-culturais particulares que expressavam uma forma de resistência cultural; as escolas seriam um dos veículos mais significativos dessa resistência. Eram vistas, por parte do governo, como produtoras de uma cultura alienígena, necessitando um urgente abrasileiramento. Os mecanismos político-pedagógicos da nacionalização foram analisados com base em fontes primárias de quatro escolas catarinenses de regiões rurais. Os resultados evidenciam que a modernidade pretendida nas primeiras décadas do século XX tinha a escola como um lugar estratégico para forjar e difundir seu ideário. Mostram, ainda, a penetração das propostas nacionalistas que chegaram às escolas primárias sulinas, cujo objetivo era o abrasileiramento da infância e juventude. |