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O artigo centra-se no imaginário urbano no conto “A tragédia de D. Ramón” (Caminhos magnéticos,1938) de Branquinho da Fonseca (1905-1974). Baseada primordialmente no método mitocrítico e fenomenológico(Sansot, 1971; Hodrová, 2006), a presente análise salienta vários paralelos literários quepodem ser encontrados no conto fonsequiano. Deste ponto de vista, dois modos de representação podemser observados: o da cidade “sensorial”, na qual entra o diálogo literário com a poesia de CesárioVerde, e o da cidade “alucinatória”, que promove o diálogo com o imaginário de Raul Brandão e Fialhode Almeida. Em ambos os casos, no entanto, o motivo da deambulação noturna pela cidade pode serlido como a demanda simbólica do Eu, a qual revela o drama psicológico do protagonista, bem como otrauma do migrante no século XX. |