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Este trabalho tem por objetivo (re)ler o romance Mil rosas roubadas (2014) do escritor mineiro Silviano Santiago na esteira dos conceitos de amizade (DERRIDA, 2003) (ORTEGA, 2009), exterioridade (NOLASCO, 2015) (MIGNOLO, 2003) e homossexualidade (LOPES, 2002) (ORTEGA, 2002) sustentados por uma epistemologia Crítica biográfica fronteiriça por excelência. Por Crítica biográfica fronteiriça, entendemos a confluência dos estudos pós-coloniais com os crítico-biográficos à luz de um lócus de enunciação brasileiro e exclusivamente latino-americano: a fronteira-sul. Assim, nosso intuito é refletir acerca da obra supracitada nos valendo de reflexões pertinentes às subjetividades tanto do romance quanto, sobretudo, da relação deste com a vida do autor, um sujeito homossexual que pensa, produz e cria a partir desse lugar identitário-biográfico, dessas sensibilidades biográficas. Desse modo, nossa proposta se engendra em uma perspectiva compósita, transdisciplinar e metafórica oriunda da crítica biográfica (SOUZA, 2002) e, além disso, se assenta em uma visada transferencial entre nós críticos, também homossexuais, que pensamos da fronteira-sul do Brasil e o intelectual homossexual que erige sua literatura a partir de um lugar marcado pela exterioridade, isto é, uma produção artístico-cultural extrínseca aos preceitos modernos, heternormativos, hegemônicos e padronizados de subjetividade e identidade socialmente cristalizados. Para isso, nos valeremos de uma metodologia eminentemente bibliográfica assentada em teóricos, dentre outros, como Edgar Cézar Nolasco, Juliano Garcia Pessanha, Francisco Ortega, Jacques Derrida, Walter Mignolo, Eneida Maria de Souza e Denilson Lopes. |