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Objetivos: O atendimento de pacientes hematológicos ocorre de maneira multiprofissional e multidisciplinar no HEMOPA pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de tal forma que os pacientes podem receber atendimento fisioterapêutico se caso necessário. O tratamento inicial consiste na avaliação e desenvolvimento da conduta específica para cada paciente e patologia. Com isso, a fisioterapia atua também na fase aguda, subaguda e crônica. Dentre as técnicas utilizadas, o paciente se beneficia bastante com a crioterapia, eletroterapia e cinesioterapia, com intuito de atenuar as sequelas osteomioarticulares e quadros álgicos, melhorar a capacidade e funcionalidade e por consequência, otimizar a qualidade de vida dos pacientes hematológicos. Este estudo teve como objetivo relatar a experiência dos atendimentos fisioterapêuticos realizados no HEMOPA em 2024. Material e métodos: Trata-se de um relato de experiência sobre os atendimentos fisioterapêuticos realizados com pacientes hematológicos no HEMOPA no mês de março a julho de 2024 no contexto da residência multiprofissional. Resultados: Foi possível verificar atendimentos de pacientes com hemofilia A e B, anemia falciforme e de Fanconi, talassemias, trombocitopenia, doença de von Willebrand, deficiência de G6PD, de ambos os sexos e com faixa etária diversa. Dentre as técnicas da fisioterapia, as mais utilizadas foram correntes Aussie de eletroterapia, que atuam na diminuição da dor e restauração da força e trofismo muscular. Além disso, a aplicação da termoterapia, com o uso do gelo e ultrassom, que atuam na analgesia, prevenção ou redução de edema, diminuição de espasmos musculares e outros efeitos terapêuticos. A cinesioterapia e exercícios resistidos são realizados por pacientes com ausência ou baixa queixa de dor, com o uso de caneleiras, halteres e faixas elásticas. No setor também é realizado treino de equilíbrio estático, dinâmico, na bicicleta ergométrica e esteira. Discussão: A fisioterapeuta possui papel importante no tratamento dos pacientes hematológicos, principalmente pelas sequelas afetarem os sistemas osteomioarticulares. Foi de extrema valia observar e atuar no atendimento de pacientes hematológicos, contribuindo para maior construção de conhecimento acerca de um público bem específico e com poucos estudos na área, principalmente para fisioterapia. Porém, é notório como há pouca adesão por parte dos pacientes, sendo que a maioria não realiza fisioterapia, ou abandona o tratamento quando melhora o quadro álgico e até mesmo por morar em outras cidades e ser um deslocamento difícil. Além disso, o setor é pequeno e não comporta uma alta demanda de atendimentos, o que também desmotiva o paciente a aceitar o tratamento. Conclusão: A experiência de atendimento fisioterapêutico em pacientes hematológicos no HEMOPA proporcionou um aprendizado valioso, destacando a importância da realização das condutas terapêuticas. Entre os desafios, a complexidade das patologias, falta de informações nos prontuários e a escassez de estudo foram notáveis. A nível de relacionamentos interpessoais, os profissionais são colaborativos e repassam seus conhecimentos e os pacientes são receptivos com os residentes. Ademais, é necessário desenvolver mais estudos, programas de educação continuada para aprimorar a prática de fisioterapia na área e melhorar a adesão dos pacientes ao tratamento. |
