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As práticas pedagógicas, construídas de forma hegemónica e padronizada, podem ter um impacto significativo na vida das pessoas, sobretudo na relação linguagem e saber (Baptista, 2022; Santos; Santana, 2022; Couto; Jovino, 2022; Pinheiro; Lacerda; Coelho, 2022). Com base nos princípios da pesquisa qualitativa e interpretativa (Denzin; Lincoln, 2006; Moita Lopes, 2004), este artigo tem como objetivo discutir como as práticas pedagógicas de leitura apagam o conhecer e como esse apagamento tem implicações na relação “sujeito-leitor”, que é, por conseguinte, condicionada a atitudes de colonialidade linguística (Baptista, p. 54). Como contributo, os resultados do estudo demonstram o quanto: (a) a leitura requer mudanças de paradigmas em termos da relação ensino-aprendizado e (b) o transitar em relação à leitura relaciona-se às práticas de resistência, a um agir político (Moita Lopes; Pinto, 2020) num jogo em que o discurso como prática faz circular sistemas de invisibilidades e seus efeitos de separação (Foucault, 2016). |