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Este artigo busca interpretar, de maneira geral, através da História Comparada, o processo de formação da nacionalidade brasileira e uruguaia a partir do mito de origem, ou do herói nacional. Respeitando as vicissitudes e particularidades de cada Nação e, sobretudo, a complexidade do debate que engendra esta temática na Região Platina, foram traçados alguns paralelos, ainda que distantes, entre ambas as nacionalidades e alguns pontos em comum que, trabalhados comparativamente, auxiliam a interpretação acerca do simbolismo dos projetos de Nação, que alguns teóricos chamaram de “comunidades imaginadas”. Este simbolismo, pautado na figura do herói, reproduz certo sentimento de pertencimento da população a determinado projeto de governo, no caso o republicano; também produz a identificação de ideias, pontos de referência e identificação coletiva. Aliados ao corpus de instituições que tentam legitimar e dar legalidade ao governo, como religião, idioma, e intervenção publica, a figura mitológica do herói representou, tanto no Brasil como no Uruguai, um ponto determinante na segunda metade do século XIX, no projeto positivista de construção da Nação. |