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Este estudo aborda canções ligadas ao Movimento Manguebit, sobretudo a obra A casta, de DJ Dolores, e reflete sobre a inserção dessas produções no cenário da literatura marginal, investigando, no contexto do modo como se confrontam a modelização das sensibilidades e a perspectiva estabilizada dos sistemas convencionais de criação e circulação artísticas no Brasil dos anos 1990 e 2000. A leitura proposta empreende esforços no sentido de compreender a posição estética e discursiva das obras de DJ Dolores como experiência singular em meio às sensibilidades emergentes na nova cena musical, sem ignorar o aproveitamento que faz dos marcadores habitualmente mobilizados para sentir as formas poéticas tradicionais. Consideramos relevante, ainda, ponderar, com base em Goffman (1975), a ideia de estigma e como ela se relaciona com a representação dos sujeitos nas narrativas expressas através dessas canções. Paralelamente a isso, construímos interpretações e exploramos temas oriundos de tais narrativas, associando, novamente, essas canções à ideia de literatura periférica. |
