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Neste ensaio, Boris Groys centra suas reflexões em torno das práticas atuais de ativismo artístico, entendido como um fenômeno novo no qual “os artistas ativistas querem ser úteis, mudar o mundo, tornar o mundo um lugar melhor – mas, ao mesmo tempo, eles não querem deixar de ser artistas”. O autor avança em sua elaboração em torno da crítica às ações ativistas na arte, espremidas entre as noções de estetização e de espetacularização, uma vez que “o uso da arte para uma ação política necessariamente estetiza essa ação, transformando-a em um espetáculo e, portanto, neutralizando o efeito prático da ação”. Para Groys, é fundamental que se analise os significados precisos e o uso político do termo estetização, o que “permitirá esclarecer as discussões sobre o ativismo artístico e o lugar que ocupa e no qual age” em confronto com a “divisão da própria prática da arte contemporânea em dois domínios diferentes: arte, no sentido próprio da palavra, e design”. Tradução: Caroline Alciones de Oliveira Leite e Luiz Sérgio de Oliveira |