A higienização de agulhas diminui a ocorrência de abscessos pós-vacinais em bovinos

Autor: Danilo Conrado Silva, Camila França de Paula Orlando Goulart, Paulo José Bastos Queiroz, Wanessa Patrícia Rodrigues da Silva, Lucianne Cardoso Neves, Emanuel Arnhold, Naida Cristina Borges, Luiz Antônio Franco da Silva
Jazyk: English<br />Portuguese
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Semina: Ciências Agrárias, Vol 40, Iss 6Supl2 (2019)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1679-0359
1676-546X
DOI: 10.5433/1679-0359.2019v40n6Supl2p3069
Popis: Embora a vacinação seja indispensável para a exploração animal, a utilização de agulhas não higienizadas pode ocasionar abscessos pós-vacinais e, consequentemente, provocar perdas de produtos cárneos e elevação do custo de produção. O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficiência da higienização de agulhas na prevenção de abscessos pós-vacinais em bovinos, estimar as perdas econômicas ocasionadas pelos abscessos pós-vacinais e verificar se os produtores rurais higienizam as agulhas utilizadas na vacinação. Quatro grupos contendo 120 bovinos foram vacinados contra febre aftosa. Os grupos GI, GII e GIII foram vacinados utilizando-se agulhas que foram higienizadas por diferentes métodos, enquanto o grupo GIV serviu como controle. Seis meses após a vacinação, foram realizados exames ultrassonográficos e quantificados os abscessos. Posteriormente, os bovinos foram abatidos, quantificaram-se as perdas de carcaças devido à presença dos abscessos e as perdas econômicas foram calculadas. Nos frigoríficos, 100 proprietários rurais foram entrevistados sobre a adoção de higienização de agulhas para vacinas e a quantidade de bovinos que estavam abatendo. As quantidades de abscessos diagnosticados por grupo foram: GI (n = 3; 2,5%); GII (n = 5; 4,2%); GIII (n = 4; 3,3%); e GIV (n = 11; 9,2%). As ocorrências de abscessos em GI, GII e GIII não se diferiram estatisticamente, porém estas ocorrências foram estatisticamente menores que a ocorrência em GIV. As perdas econômicas decorrentes da presença de abscessos nas carcaças variaram entre R$ 0,12 e R$ 0,31 por animal do rebanho cujas agulhas foram higienizadas ou não higienizadas, respectivamente. Apenas 13% dos produtores entrevistados realizavam algum método de higienização de agulhas para vacinação. 78,8% dos bovinos abatidos por estes produtores foram vacinados com agulhas sem nenhum método de higienização. Conclui-se que a higienização de agulhas para a vacinação de bovinos diminui a ocorrência de abscessos pós-vacinais. Essa prática minimiza em R$ 0,19 por animal os prejuízos causados pela retirada do abscesso durante o abate dos animais. A maioria dos proprietários rurais não adota a higienização de agulhas para a vacinação de bovinos.
Databáze: Directory of Open Access Journals