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Introdução/Objetivo: A encefalite é uma doença inflamatória do parênquima cerebral com presença de disfunção neurológica, podendo ser causada por infecção ou autoimunidade. A etiologia mais comum é a viral, sendo responsável por altos índices de morbidade e, em muitos casos, de mortalidade. Os agentes virais mais comuns dessa patologia são o Herpes Vírus dos tipos 1 e 2, o enterovírus não pólio e as arboviroses, como a Dengue, a Zika e a Chikungunya. Um importante fator de risco para a complicação dessa infecção é a imunossupressão em pacientes portadores de agentes etiológicos da encefalite. Neste cenário, a região Nordeste do Brasil mostrou a maior incidência de casos confirmados no país. O presente estudo tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico dos pacientes internados devido à encefalite viral na região Nordeste do Brasil entre os anos de 2015 e 2020. Método: Trata-se de um estudo ecológico e retrospectivo, através da análise do banco de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Considerou-se a classificação Internacional de Doenças (CID-10), capítulo I. Os critérios de elegibilidade foram: pessoas de ambos os sexos (masculino e feminino), de todas as idades e raças declaradas. Resultados: O total de casos notificados de encefalite viral no Nordeste brasileiro foi de 5.113 no período de 2015 a 2020. O sexo de maior prevalência foi o masculino com 2.669 (52,2%). Ademais, notou-se maior expressividade na cor parda, apresentando 3.558 (69,58%) casos e uma menor prevalência em indígenas, com apenas 6 (0,11%) casos nesse período. No mesmo cenário, a faixa etária com maior quantidade de casos foi a de 30 a 39 anos, apresentando 668 (13,06%), enquanto as idades de 80 anos e mais contiveram a menor quantidade, com 124 (2,42%) casos confirmados. Conclusão: O presente estudo mostrou maior prevalência de encefalite viral em homens, de cor parda com idade entre 30 e 39 anos. Portanto, para controle dessa patologia na região abordada, é necessário manter uma boa imunidade através de hábitos de vida saudáveis como praticar atividade física regularmente, atenuar estresse e usar preservativo nas relações sexuais para diminuir a contaminação pelos agentes etiológicos descritos. |