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Do cenário preto e branco do sindicalismo brasileiro desvela-se o fenômeno da venda da força sindical. A retrógrada estrutura corporativista, cujos pilares foram inseridos no regime ditatorial, e, em especial o sistema de financiamento sindical, possibilitam a perpetuação dessa relação de compra, que se dá em três dimensões: ao Estado, ao patronato e aos próprios trabalhadores. A luta coletiva dos espoliados perde lugar para a lógica capitalista reforçada pelos matizes do neoliberalismo que transforma tudo em mercadoria, possibilitando a compra e a venda da força sindical. Assim, tanto no plano jurídico estrutural da própria corporação, como também, no plano da negociação coletiva, revela-se o aliciamento da resistência sindical por meio de um contrato de silêncio e de sufoco dos trabalhadores oprimidos. Os sindicatos que conduzem estas negociações foram absorvidos pela ideologia dominante, consolidando-se como instituições legitimadoras da dominação e da submissão do trabalhador. |