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O objetivo do experimento foi avaliar o grau de sincronização do cio e a taxa de prenhez de vacas de corte tratadas com acetato de melengestrol (MGA) e cipionato de estradiol (ECP). Quarenta vacas lactantes Caracu (uma raça taurina local) mantidas em pastagens de Panicum maximum cv. Tanzania e suplementadas com silagem de milho, receberam o equivalente a 0,5 mg/animal/dia de MGA durante 14 dias. No dia 5, os animais foram divididos aleatoriamente em dois grupos. O grupo 1 (n=21) recebeu uma injeção i.m. de 2,0 mg de ECP enquanto que o grupo 2 (n=19) recebeu 1 ml de solução salina. O cio (detecção visual) foi registrado em todos os animais no período de 120 horas após a retirada do MGA, mas somente os animais do grupo 1 foram inseminados. Os animais do grupo 2 receberam 150 µg do análogo de PGF2α, cloprostenol 17 dias após a retirada do MGA e inseminados no cio induzido. Em ambos grupos, as vacas não detectadas no cio durante o dia foram colocadas com um touro durante a noite para uma eventual cobertura. O diagnóstico de prenhez foi realizado, por ultrassonografia, 40 dias após a IA. Os dados foram analisados pelo teste de Qui-quadrado. Oito (38,1%) animais do grupo 1 e 7 (36,8%) do grupo 2 apresentaram cio após a retirada do MGA (P>0,05). A taxa de concepção dos animais inseminados foi de 37,5% e 50,0% para os grupos 1 e 2, respectivamente (P>0,05). Esse índice aumentou para 58,3% (grupo 1) e 64,3% (grupo 2) quando foram consideradas as vacas cobertas pelo touro durante a noite. Esses resultados sugerem que é possível aproveitar o primeiro cio de fêmeas tratadas com ECP no dia 5 de um tratamento com MGA durante 14 dias. Adicionalmente, considerando o elevado número de animais cobertos pelo touro durante a noite, recomenda-se o uso de ferramentas auxiliares para identificar os animais que apresentam cio noturno ou, ainda, utilizar a monta natural em associação com a IA. |