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Partindo das problemáticas associadas ao projeto Marca do Património Europeu, percorremos as geografias imaginativas de Edward Said, procurando uma nova abordagem epistemológica na forma de encarar os lugares, os territórios e as paisagens. Neste contexto, vemos como a paisagem patrimonial do Promontório de Sagres, nomeadamente a que diz respeito à cidade de Lagos, detém um papel fundamental para a descolonização epistemológica, desde logo, através da valorização do património associado à escravatura ali existente, que nos pode auxiliar neste processo. Observamos ainda como o conceito de pós-memória pode ajudar a desconstruir as geografias imaginativas e criar geografias imaginárias, mais humanas, que nos libertam do mito da objetividade da criação de conhecimento. Mais do que um Roteiro da escravatura, propomos dar os primeiros passos no processo de descolonização mental e epistemológica. |