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Em fins dos anos 1950 e no início dos anos 1960, a política exterior brasileira estava se adaptando às transformações do sistema internacional. Na longa discussão que se seguiu, havia naturalmente dois polos, o dos que punham argumentos favoráveis, os mais pragmáticos, apoiadores do reestabelecimento dos contatos com o Leste; e os do contra, principalmente os anticomunistas e antissoviéticos implacáveis, que rejeitavam completamente qualquer forma da aproximação entre o Brasil e o Bloco Soviético. Neste último contexto, a Revolução Húngara de 1956 tinha papel importante como exemplo da resistência contra o regime soviético. O nosso estudo pretende analisar fontes impressas (livros e folhetos) e apresentar a memória viva da revolução húngara como um acontecimento heroico, de valor puramente simbólico para o público brasileiro, e como algo útil para a propaganda anticomunista. A Hungria mostra o aspecto de uma nação escravizada, cuja revolução de 1956 se tornou um símbolo da resistência anticomunista |