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Este trabalho debate o processo tradutório do terceiro livro (ausente C) do lipograma, De aetatibus mundi et hominis, atribuído ao escritor tardo-antigo e norte-africano Fábio Plancíades Fulgêncio (séc. V – VI), conhecido pelo epíteto de Mitógrafo, a partir da edição fixada por Rudolf Helm (1898). Nesta seção, Fulgêncio aborda a narrativa do mito da Torre de Babel, adotado como explicação para a origem da diversidade linguística. Interessante é perceber que o Mitógrafo evita o uso de unidades lexicais que contenham a letra ‘c’, o que está sendo cultivado na tradução proposta. Desse modo, a presente tradução também é relevante por denunciar a própria antiguidade do gênero lipogramático, que adquiriu significativa difusão no Concretismo, já situado no século XX. |