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O revolucionário irlandês Roger Casement, aclamado por expor atrocidades cometidas contra a humanidade no Congo Belga e na Amazônia peruana, foi impedido de alcançar status de herói revolucionário, entre outros motivos, devido a um conjunto de diários de cunho homossexual conhecido por Black Diaries, encontrados pelo Ministério do Interior britânico. Neste artigo discute-se a representação de Roger Casement como personagem em três romances que desafiam a crença de que patriotismo e homossexualidade são características mutuamente excludentes: At Swim, Two Boys (2001) de Jamie O’Neill, O Sonho do Celta (2011) de Mario Vargas Llosa, e em The Knight of the Flaming Heart (1995) de Michael Carson, Casement é um espírito, interferindo na vida dos habitantes de Ardfert, no Oeste da Irlanda. A fundamentação teórica está baseada na teoria queer, em especial nos escritos de Judith Butler acerca da performatividade e nas principais biografias sobre Roger Casement. |
