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Introdução: Na sífilis congênita, a maioria dos casos acontece porque a mãe não foi testada ou porque recebeu tratamento não adequado. Estima-se que, na ausência de tratamento eficaz, 13% resultarão em parto pré-termo ou baixo peso ao nascer, além de pelo menos 20% de RN que apresentarão sinais sugestivos de sífilis congênita. Métodos: Foi realizado um estudo transversal com dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil. Esse, teve como objetivo realizar uma análise epidemiológica acerca das internações por Sífilis Congênita, nas unidades de federação nos últimos 5 anos, de janeiro de 2018 a maio de 2023. Resultados: Ela pode ser precoce (até o segundo ano) ou tardia (após os dois anos). É visto que o Brasil, nos últimos 5 anos, apresentou um montante de cerca de 104.501 internações pela doença, sendo os estados do Rio de Janeiro (12.901), São Paulo (7.908) e Pernambuco (7.209), os maiores contribuintes. Notou-se que o ano de 2021 trouxe mais casos, chegando a um total de 21.346 internações (20,4%), e que, esse número cresceu ao longo dos anos. Destas internações, 97,8% se deu através da urgência. Vê-se que a proporção entre bebês do sexo masculino e feminino afetados foi semelhante, com 48,5% e 51,4%. Sobre a raça, é observado que, recém-nascidos pardos (44.960) e brancos (18.786) foram os mais afetados. Os casos de sífilis precoce ocorrem na grande maioria dos casos (98,4%), sendo que os tardios diminuem com o avançar da idade. Houve um total de gastos de R$ 76.774.541,60, logo, nota-se que esse valor poderia ser minimizado com ações de prevenção primária ou secundária. Analisando o desfecho desses casos, a média de dias da internação, foi de cerca de 9,0 dias. Ocorreram 206 óbitos nesse período devido a essa condição, o que representa uma taxa de mortalidade de 0,20. Os estados do Pará e de Alagoas possuem as maiores taxas de mortalidade. Por fim, percebe-se, a partir dos dados supracitados, a necessidade de se intensificar as ações de vigilância, prevenção e promoção de saúde, a fim de reduzir o número de internações por esta condição. Conclusão: Trata-se de uma doença passível de ser prevenida. A eliminação pode ser alcançada por meio da implementação de estratégias efetivas de diagnóstico precoce e tratamento adequado nas gestantes e suas parcerias sexuais. Assim, o risco de desfechos desfavoráveis à criança será mínimo. Ressalta-se que o cuidado envolve diferentes pontos de atenção à saúde e o seguimento é essencial. |