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O texto se move através do debate da ontologia da informação entre os campos da Biblioteconomia, da Ciência da Informação e da Antropologia, em especial, os estudos indigenistas do pensamento ameríndio. Dentro desta geografia conceitual, o texto aborda três questões centrais: i) a representação do conhecimento, ii) a perspectivação multinaturalista do conhecimento e iii) a decolonidade. A representação do conhecimento é analisada por meio da ontologia informacional e seus gestos ontológicos de exclusão, seja em Platão e a expiação dos dessemelhantes, em Aristóteles e a exceção da univocidade decisão do sentido até a Modernidade e a realização dos contornos da metafísica da colonialidade e da colonialidade da metafísica. A partir desta estância americanista propõe-se uma perspectiva de(s)colonial da informação. Sob a tez ameríndia apresenta-se elementos de perspectivação do conhecimento, como uma alternativa de alteração radical dos regimes coloniais de captura dos seres, dos saberes e dos poderes. Por fim, perante os argumentos acionados, fica a sugestão propositiva do informe como uma diferença informacional para desver o mundo em novas coisas de ver, uma tarefa de perspectivar em saberes, outros seres. Nas dobras do corpo, a pele de outros mundos germina uma filosofia da informação outra outra. Encontrar as veredas do que está em vias de brotar é a contraconduta de(s)colonial do texto. |