Evolução estratigráfica dos depósitos cretáceos da porção norte da Bacia de São Luís-Grajaú (NE do Brasil)

Autor: João Augusto de Oliveira Cunha, Debora do Carmo Sousa, Valéria Centurion Córdoba
Jazyk: English<br />Portuguese
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Geologia USP. Série Científica, Vol 19, Iss 2 (2019)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2316-9095
DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v19-152654
Popis: Os depósitos cretáceos da Bacia de São Luís-Grajaú são recorrentemente organizados, nos trabalhos prévios, em três sequências deposicionais, consolidadas desde o Neoaptiano até uma idade incerta no Neocretáceo, abrangendo as formações Grajaú e Codó, como também o Grupo Itapecuru. Este trabalho objetivou aplicar a estratigrafia de sequências, com base na correlação de perfis litológicos e de raios gama, na análise dos depósitos cretáceos localizados na parte norte da bacia. Para esse propósito, esta pesquisa utilizou dados de cinco poços, interpretados em uma etapa 1D, que posteriormente serviram de base para a construção de uma seção estratigráfica, interpretada em uma fase 2D. Além disso, trabalhos prévios acerca dos sistemas deposicionais envolvidos na sedimentação desses depósitos cretáceos foram cotejados para propor um modelo evolutivo para o intervalo estudado. A partir da integração dessas interpretações, individualizou-se o intervalo em duas sequências deposicionais (A e B), sendo cada uma delas composta por três tratos de sistemas: de nível baixo (TSNB), transgressivo (TST) e de nível alto (TSNA). A Sequência A foi, primariamente, dominada por processos flúvio-deltaicos correspondentes ao TSNB. Posteriormente, representando o TST, houve a ampliação das fácies lacustres, paralelamente à retração do sistema flúvio-deltaico desenvolvido durante a fase anterior. Finalmente, caracterizando o TSNA, ocorreu uma continuação dos processos suspensivos vistos no TST, porém com a influência de fluxos hiperpicnais. No tocante à Sequência B, inicialmente instalou-se um sistema deltaico representativo do TSNB. Subsequentemente, no TST, esse delta deu lugar a um estuário dominado por ondas. Por fim, em um estágio atribuído ao TSNA, um sistema deltaico novamente se estabeleceu, encerrando assim a história evolutiva do intervalo analisado.
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