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Este artigo tem por objetivo analisar os gêneros, a poiesis e a aesthesis do mito de “Eco e Narciso”, inserido no “livro III” das Metamorfoses (Ovídio, 2017), com a finalidade de mapear como essas instâncias formais dos gêneros no poema dão margem à criação de sentidos na instância estética. Para o alcance desse propósito, fundamenta-se, essencialmente, nas ideias propostas por Hegel (1980), Croce (1997), Lacan (1995), Bakhtin (2014), Lukács (2009), Santaella (2017) e Eco (1985). O estudo é de natureza bibliográfica e analítico-interpretativa. Ainda se toma por base as perspectivas metodológicas da Semiótica e da Teoria Literária na produção de nossa análise. Verifica-se que o mito clássico foi composto por ícones metafóricos simultaneamente elegíacos e épicos, sendo a última instância dominante. Embora a carpintaria do poema estabeleça tais distinções, destaca-se o papel cooperativo do leitor na produção dos efeitos de sentido que evolam desse poema. |