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Objetivo: Identificar e analisar junto aos registros de uma Divisão de Políticas de Atendimento ao Idoso a ocorrência de denúncias infundadas e os motivos delas. Metodologia: Estudo retrospectivo, descritivo, documental, com abordagem quantiqualitativa. A coleta foi efetuada junto aos registros da Divisão de Políticas de Atendimento ao Idoso e à Pessoa com Deficiência, em São Carlos (SP), desde a sua implementação, em fevereiro de 2003, até dezembro de 2010. Resultados: Foram avaliados 1.301 registros de denúncias, sendo 169 (13%) delas infundadas. As vítimas eram mulheres em 102 (60%) casos. A maior frequência foi de idosos entre 71 a 80 anos (49; 29%) e predominaram a viuvez (77; 45%) e os casados (35; 21%). Quanto ao tipo de denúncia, observamos a negligência em 61 casos (36%) e abandono em 48 (28%). Apenas em 21% (36) constava a identificação dos sujeitos. Dos 36 (21%) registros com identificação dos sujeitos verificou-se que os profissionais e serviços da área de saúde e de proteção ao idoso tiveram destaque, dentre eles: vigilância sanitária, promotoria, delegacia da mulher, urgência e emergência, e polícia municipal. Conclusão: A ocorrência das denúncias infundadas foi significativa. Observou-se que existe relação com os denunciantes (profissionais e serviços da saúde e proteção social ao idoso), que pode ser explicada pela escassez de qualificação profissional sobre o tema e da limitação de um trabalho intersetorial entre a Divisão e os outros serviços de proteção ao idoso. Melhorias na sistematização dos registros devem ser efetuadas nesta Divisão uma vez que grande número dos registros foi identificado incompleto e sem informação suficiente para averiguação da denúncia. |