BUSCA ATIVA DE REAÇÃO TRANSFUSIONAL EM PACIENTES COM SUPORTE HEMOTERÁPICO NO HOSPITAL MUNICIPAL VILA SANTA CATARINA

Autor: RS Maschio, TAO Paula, PS Batista, DN Pavão, A Bousso, CY Nakazawa
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Hematology, Transfusion and Cell Therapy, Vol 45, Iss , Pp S709-S710 (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2531-1379
DOI: 10.1016/j.htct.2023.09.1289
Popis: Introdução e objetivos: O Hospital Municipal Vila Santa Catarina é um hospital terciário que realiza uma média de 550 transfusões de hemocomponentes por mês. Apesar de corretamente indicada, administrada e obedecendo às normas vigentes; a transfusão apresenta riscos, e reações transfusionais podem ocorrer. Sendo assim, nos últimos dois anos foram implementadas ações de busca ativa de reações transfusionais com o intuito de buscar possíveis subnotificações e aumentar a qualidade e segurança transfusional. Material e métodos: A busca ativa de reações transfusionais em nosso serviço é realizada através de: análise retrospectiva de prontuário eletrônico após 24 horas ao término da transfusão; visita a beiro leito de pacientes transfundidos, e avaliação dos registros de sinais vitais no monitoramento transfusional. A avaliação pela equipe de enfermagem do banco de sangue é registrada em prontuário. Os dados de busca ativa são registrados mensalmente na planilha estruturada internamente. O Departamento de Hemoterapia possui o indicador de reação transfusional. Resultados: : As seguintes ações de busca ativa de reação transfusional foram adotadas nos últimos dois anos: 1)Avaliação do prontuário do paciente após 24 horas do término da transfusão em pelo menos 20% do total de transfusões mensais com verificação de intercorrências durante ou após a transfuaão não reportadas ao Banco de sangue; 2)Análise de 100% do preenchimento dos dados de monitoramento transfusional eletrônico em busca de alterações dos parâmetros de sinais vitais; 3)Visita beira leito ao paciente após 24 horas do término da transfusão em pelo menos 20 % do total das transfusões com questionamento ativo sobre sinais e sintomas de reação transfusional durante ou após a transfusão; 4) Implementação de centro de monitoramento transfusional que comunica ativamente à equipe de enfermagem assistencial quando há falta de preenchimento do monitoramento transfusional. Em todos os casos descritos, quando é identificado uma possível subnotificação, o Banco de Sangue realiza todo o processo de investigação de reação transfusional. A taxa de subnotificação encontrada foi de 0,03% casos por mês e o índice de eventos não relacionados a transfusão foi de 6,97% casos por mês (dados atualizados até junho/23). Após a implementação das duas últimas ações, houve uma queda de cerca de 50% na taxa de não conformidade no preenchimento do acompanhamento transfusional. Discussão: Apesar da baixa taxa de reação transfusional encontrada através da busca ativa o que pode ser explicado pelos protocolos adotados em nosso serviço (deleucotização de CH em menos de 48 horas após a coleta; irradiação universal; fenotipagem profilática de acordo com a doença de base; verificação de histórico transfusional e protocolos de deleucotização e irradiação no sistema informatizado; protocolos de procedimentos especiais para os pacientes que já tiveram história de reações transfusionais, tais como aliquotagem, lavagem e redução de plasma, como condutas preventivas; cultura universal em plaquetas; coleta de PFC apenas de doadores do sexo masculino e nulíparas); notamos uma melhora significativa na qualidade da assistência prestada com aumento de segurança ao paciente e diminuição das não conformidades do acompanhamento transfusional. Conclusão: O monitoramento transfusional é um processo crítico que auxilia na detecção precoce de eventos adversos que podem ocorrer durante a transfusão de hemocomponentes, aumentando a segurança para o paciente.
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