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Introdução/Objetivo: As hepatites virais afetam a saúde pública global e são responsáveis pelo aumento de mortalidade por complicações relacionadas à doença hepática crônica, como cirrose e câncer hepático primário, principalmente carcinoma hepatocelular. Em 2015, foi estimado que 257 milhões de pessoas viviam com infecção crônica pelo vírus da hepatite B e 71 milhões com o vírus da hepatite C no mundo. Sendo assim, destaca-se a importância do acesso à testagem e tratamento. O objetivo deste trabalho é relatar a prevalência de casos de hepatites B e C após testagem em trabalhadores da segurança pública em uma cidade no Oeste do Paraná. Métodos: Realizou-se estudo transversal em um único dia no mês de julho de 2022, na delegacia da Polícia Civil na cidade de Cascavel/Pr, junto ao centro especializado em doenças infecto parasitárias, onde realizou-se testes para Hepatites B (fabricante Bioclin®) e C (fabricante Abon®) visando estimar a prevalência da infecção ativa. Os dados apresentados foram fornecidos pelo centro parceiro e os indivíduos identificados como portadores da infecção pelo HBV ou HCV foram encaminhados para acompanhamento. Resultados: A amostra selecionada foi dividida de acordo com sexo e faixas etárias em 5 grupos: (1) menores que 13 anos, (2) 14 aos 19 anos, (3) 20 aos 39 anos, (4) 40 aos 49 anos e (5) acima dos 50 anos. Dentre a população masculina, de 126 participantes, o grupo (4) obteve 3 sorologias positivas para o antígeno HbsAg. Na população feminina, de 46 participantes, nenhum resultado foi positivo. Não houve teste positivo para hepatite C. Conclusão: Os testes rápidos utilizados para triagem para HBV e HCV baseiam- se na técnica de imunocromatografia de fluxo lateral permitindo a detecção do antígeno de superfície do HBV (HBsAg) e anti-HCV no sangue.Em 2020, no Paraná foram confirmados 804 casos de Hepatite B, sendo a taxa igual a 7,0 a cada 100.000 habitantes. Considerando a população do município no qual foi realizada a testagem, percebeu-se que a amostra apresentou maior taxa de infecção se comparada à prevalência da população geral, podendo estar relacionado com o setor e profissão no qual se encontram. Os testes rápidos não devem ser usados como único critério para o diagnóstico de infecção por HBV e HCV. Assim como em todos os testes de diagnóstico, todos os resultados devem ser considerados em conjunto com informações clínicas. |