Telecuidado Farmacêutico como Estratégia para Otimizar o Controle de Asma em Usuários de uma Farmácia de Medicamentos Especiais

Autor: Agnes Nogueira Gossenheimer, Vanessa Klimkowski Argoud, Ana Paula Rigo, Rodrigo Pedroso Tolio, Roberto Eduardo Schneiders
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia, Vol 7, Iss s.1 (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2525-7323
2525-5010
DOI: 10.22563/2525-7323.2022.v1.s1.p.29
Popis: Introdução: asma é um problema mundial, atingindo 339 milhões de pessoas no mundo. Os dispositivos inalatórios para o tratamento da asma são dispensados para 1173 usuários em Farmácia de Medicamentos Especiais (FME) do sul do Brasil, pelo Sistema Único de Saúde, no entanto, não há até o momento uma avaliação do controle da asma nessa população. A Telessaude foi regulamentada recentemente no Brasil e possibilitou que serviços farmacêuticos sejam ofertados à população de forma remota. O Telecuidado está sendo executado desde 2020, sendo caracterizado um serviço de acompanhamento farmacoterapêutico de forma remota. Objetivo: avaliar o nível de controle da asma em usuários que receberam o serviço remoto. Materiais e Métodos: estudo observacional quantitativo-descritivo realizado entre julho e outubro de 2021 através da aplicação do ACT por telefone aos 159 usuários com processo deferido para dispensação de dispositivo inalatório de corticóide associado a LABA na FME da cidade do sul do Brasil com contato atualizado e que acordaram participar do estudo. As variáveis idade, sexo e escore ACT foram tabeladas em média e desvio padrão. Esta pesquisa foi aprovada pelo CEP sob o nº CAEE 40194820100005312. Resultados e discussão: a amostra foi composta por 49 pessoas do sexo masculino com média etária de 58 anos (18,65) e 110 do sexo feminino com média etária de 60,5 (16,74). Os usuários foram classificados em grupos de acordo com o escore ACT, sendo 49,69% “mal controlado”, 29,56% “pouco controlado” e 20,75% “bem controlado”. Dentro dos grupos etários, 3,14% tinham até 17 anos e apresentam escore ACT médio 17 (5,55), 5,03% de 18 a 29 anos e ACT 17 (5,09), 40,25% de 30 a 59 anos e ACT 15 (4,15) e, por fim, 51,57% maiores de 60 anos com ACT 16 (5,02). Os resultados apontam controle insatisfatório em 79,25% da amostra independentemente da idade, apesar do acesso regular ao medicamento, e corroboram com outros registros de pesquisas brasileiras em população adulta que apontam que cerca de 12% apenas da população com asma está sob controle. Os principais PRM relatados na literatura que afetam o controle das DCR estão relacionados, além do acesso, à adesão e à técnica de administração do dispositivo inalatório. Todos os usuários avaliados foram incluídos no ensaio clínico de medida da efetividade do serviço. Conclusão: o estudo enfatiza que apenas garantir o acesso ao medicamento não é suficiente para o controle da asma e destaca a importância da implementação de programas que permitam o acompanhamento e educação em saúde desses usuários. A partir dos dados relatados, será possível avaliar o controle da asma após intervenção farmacêutica na mesma amostra.
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