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Introdução: O estado do Pará vem sofrendo grandes transformações ambientais, dentre elas a exploração mineral e o desmatamento, o que aumenta o risco de infecção humana por arbovírus. Assim, objetiva-se demonstrar, através da presença de anticorpos IgM e IgG a possível circulação de arbovírus em residentes e trabalhadores oriundos dos municípios de Parauapebas, no período de 2021 a 2022. Métodos: Foram analisados 532 soros humanos pelo teste de Inibição da Hemaglutinação (IH) para 17 tipos diferentes de arbovírus (Eastern equine encephalitis otma, Western equine encephalitis otma, Mayaro otma, Mucambo otma, Chikungunya otma, Orthobunyavirus tacaiumaense, Orthoflavivirus nilense, Orthoflavivirus flavi cepa selvagem e cepa vacinal (17D), Orthoflavivirus denguei sorotipos 1, 2, 3 e 4, Orthoflavivirus zikaense, Orthoflavivirus louisense, Rocio otma, Orthoflavivirus ilheusense e Orthobunyavirus oropoucheense). A partir dos resultados obtido no teste de IH foram realizada a captura de IgM pelo método de ELISA (MAC-ELISA) em 89 amostras para Mayaro otma, 90 Chikungunya otma, 504 Orthoflavivirus denguei, 504 Orthoflavivirus nilense, 504 Orthoflavivirus louisense, 504 Orthoflavivirus zikaense e 51 Orthobunyavirus oropoucheense. Resultados: Dentre as 532 amostras testadas por IH, 513 (96,43%) apresentaram anticorpos totais. 511 (96,05%) foram positivas para Orthoflavivirus, 101 (18,98%) Alphavirus, 56 (10,53%) Orthobunyavirus. Reação simultânea foi observado em 138 (25,94%) amostras e anticorpos para FAV (vacinal- 17D) em 489 (91,92%). No MAC ELISA, 4 (0,79%) amostras foram positivas para Orthoflavivirus denguei, 1 (0,20%) Orthoflavivirus nilense, 2 (0,40%) Orthoflavivirus louisense, 1 (0,20%) Orthoflavivirus zikaense, 1 (1,96%) Orthobunyavirus oropoucheense. Assim como, 228 (10,15%) apresentaram detecção de anticorpos na zona borderline para uma das espécies testadas e 97 (4,32%) apresentaram reatividade cruzada entre Orthoflavivirus e Orthobunyavirus. Conclusão: Foi possível detectar infecção recente para Orthoflavivirus denguei, Orthoflavivirus zikaense, Orthoflavivirus nilense, Orthobunyavirus oropoucheense e Orthoflavivirus louisense, bem como foi observada a circulação dos demais arbovírus testados na área estudada. Medidas de prevenção das arboviroses e o controle vetorial são fundamentais para evitar surtos e epidemias dessas arboviroses. |