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Resumo Quando partiu rumo ao Brasil, em setembro de 1939, o intelectual austro-brasileiro Otto Maria Carpeaux fez o seu primeiro contato com a literatura brasileira por meio de um texto de Machado de Assis. Com esse primeiro contato, que se deu com uma tradução francesa, Carpeaux percebeu que valeria a pena aprender a língua portuguesa. Desde então, a sua relação com o Bruxo do Cosme Velho - como foi apelidado o autor de Dom Casmurro - e com a cultura brasileira tornou-se cada vez mais profunda. Carpeaux dedicou alguns ensaios à obra de Machado de Assis, entre os quais uma análise original de Memórias póstumas de Brás Cubas e um ensaio que se propunha a rebater as críticas pretensamente marxistas feitas por Octávio Brandão à obra machadiana. Diante desse corpus, este artigo se propõe a analisar os ensaios de Otto Maria Carpeaux dedicados a Machado de Assis, bem como contextualizar a importância do escritor brasileiro para as discussões literárias que se colocavam naquele momento, sobretudo do ponto de vista da análise sociológica. |