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A artéria obturatória (AO) possui um percurso ântero-inferior pela parede lateral da pelve, é cruzada pelo ureter e atravessa o canal obturatório. Ela é responsável pela nutrição dos músculos mediais da coxa e acetábulo (Moore, Keith / Dalley 2007). Devido à grande variabilidade anatômica, uma das complicações nas cirurgias de reparo de hérnia inguinal é a lesão inadvertida da AO2. O objetivo do trabalho foi investigar a variação anatômica da origem da AO e medir a amplitude do comprimento entre a bifurcação da artéria ilíaca comum (AIC) até sua origem. Neste estudo foram utilizadas 56 hemipelves, sendo 9 femininas e 47 masculinas. A análise estatística foi realizada através do programa Biostat 5 e os dados foram expressos em média ± erro padrão. Foi observado que 66,1% (n=37) tiveram sua origem na artéria ilíaca interna, 7,1% (n=4) originaram-se da artéria ilíaca externa, 3,6% (n=2) da artéria glútea superior, 1,8% (n=1) da artéria vesical superior e 19,6% (n=11) da artéria epigástrica inferior. Verificou-se que a amplitude do comprimento foi 10,9 cm, com média de 4,8 cm ± 0,34 cm. Os resultados demonstram uma alta variabilidade anatômica da AO e também grande inconstância na amplitude do comprimento com relação à medida entre a sua origem e a bifurcação da AIC. |