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Ambientes museológicos via de regra são de grande complexidade quanto a sua preservação e gestão, pois há necessidade de se preservar o edifício (muitas vezes também um item de acervo, imóvel), os bens móveis (acervos móveis), além de proporcionar condições confortáveis de trabalho a sua equipe e de fruição e conforto às várias categorias de visitantes, desde as crianças até os idosos, incluindo as pessoas com deficiência. Tal condição de equilíbrio torna-se ainda mais complexa quando o edifício (bem imóvel) é antigo, possuía na sua origem um outro uso e foi convertido em um museu ou centro cultural, tais como os atuais museus-casas. Ou seja, o desempenho adequado de edifícios antigos no contexto das relações ambientes (imóveis) – acervos móveis – usuários é de extrema importância para a preservação dos patrimônios edificados e requer esforço continuado de pesquisa que subsidie de modo fundamentado as decisões de gestão e, portanto, de intervenções físicas. A Avaliação Pós-Ocupação, utilizada como método sistemático e rotineiro de aferição do desempenho físico de edifícios, bem como da satisfação de seus usuários se mostra um conjunto multi-métodos bastante pertinente para esta finalidade, a partir de diretrizes e insumos para recomendações, especificações técnicas, projetos e intervenções físicas em geral com base na elaboração de diagnósticos. Este artigo se propõe a realizar uma discussão sobre a aplicabilidade da APO em edifícios antigos convertidos em museus, com base num exemplo – estudo de caso, a saber, o caso do Museu da Imigração do Estado de São Paulo. |