Sinal do crescente e rotura quisto de Baker na prática clínica: um relato de caso

Autor: Mafalda Proença-Portugal, Paulo Santos Correia, Cristiano Figueiredo
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Vol 39, Iss 6 (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2182-5181
DOI: 10.32385/rpmgf.v39i6.13715
Popis: Introdução: O quisto de Baker, também conhecido por sinovial poplíteo, é o quisto mais frequentemente encontrado na articulação do joelho. Quando sintomático, o quisto de Baker apresenta-se de forma indolente como desconforto na fossa poplítea e uma formação oval palpável. Contudo, a rotura do quisto de Baker traduz-se por uma clínica aguda de dor e edema do joelho e da região gemelar. Este relato de caso pretende alertar o médico de família para esta entidade diagnóstica, para importantes achados clínicos e para os diagnósticos diferenciais a ter em conta, de forma a orientar corretamente estes doentes. Descrição do caso: O presente caso clínico descreve um homem de 46 anos que se apresentou no serviço de urgência com dor, edema e equimose do membro inferior direito. O diagnóstico final foi o de quisto de Baker roto que foi orientado de forma conservadora. O diagnóstico diferencial principal foi o de trombose venosa profunda (TVP). Comentário: A rotura do quisto de Baker é uma das complicações deste quisto poplíteo, sendo mais prevalente em doentes com patologia inflamatória do joelho. Ao exame objetivo, a rotura do quisto de Baker pode apresentar-se por edema, dor e equimose do MI (sinal do crescente). Assim, a sua apresentação pode assemelhar-se à clínica da TVP, pelo que a rotura de quisto de Baker é também conhecida por pseudotromboflebite. Apesar de raro, o sinal do crescente não surge na TVP, pelo que este apoia o diagnóstico de rotura recente de quisto de Baker. Este relato de caso vem realçar a importância da suspeição clínica para a rotura do quisto de Baker em doentes que se apresentam com dor e edema unilateral do MI, sobretudo na presença de achados como o sinal do crescente.
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