Impossibilidade da renúncia do uso público da razão em Hannah Arendt

Autor: Edimar Brígido, Fábio André Santos Muniz, Fátima Raquel Szinwelski
Jazyk: German<br />English<br />Spanish; Castilian<br />French<br />Portuguese
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Kalagatos, Vol 14, Iss 2 (2021)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1808-107X
1984-9206
DOI: 10.23845/kalagatos.v14i2.6262
Popis: O artigo pretende revisitar a definição de uso público da razão e a impossibilidade da sua renúncia segundo Hannah Arendt com base em elementos que ela identificou na obra: “Eichmann em Jerusalém, um relato sobre a banalidade do mal”. Para tanto, apresenta uma breve evolução do conceito ético-políti-co de razão e seu uso de Sócrates até o Ilu-minismo e aponta a ligação do pensamento de Arendt ao de Kant, para identificar a am-pliação que ela faz da análise do uso da fa-culdade de julgar desenvolvida por ele. Isso porque a visão oitocentista da faculdade de julgar se mostrou insuficiente para explicar os efeitos históricos que a renúncia ao uso público da razão acarreta para a civilização a partir do fim do século XIX até os dias de hoje. Isso por força da escalada dos geno-cídios e massacres do período. Para isso, colheu-se dados históricos, literários e de reflexões de autores, cujo pensamento é próximo ao de Arendt e recorreu-se a outras obras da autora, tudo para ilustrar e explicar que a escalada genocida e dos massacres se dá em consonância com o crescimento das sociedades de massa industrial e pós--industrial. A conclusão a que se chega é de que a renúncia à faculdade de julgar deri-vada do modelo econômico e social atual e leva a uma aporia: uma contraditória amea-ça à vida em nome da vida.
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