ESTUÁRIO DO RIO TIMBÓ - PE: TERRITORIALIDADE DA PESCA E IMPACTOS AMBIENTAIS

Autor: Marcella Vianna Cabral Paiva, Janaina Barbosa da Silva, Josimar Gurgel Fernandes
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />French<br />Portuguese
Rok vydání: 2010
Předmět:
Zdroj: Revista de Geografia (Recife), Vol 26, Iss 2 (2010)
Druh dokumentu: article
ISSN: 0104-5490
2238-6211
Popis: Os ambientes estuarinos possuem características de variação de salinidade, alta concentração de nutrientes e de sedimentos, proporcionando o desenvolvimento de espécies adaptadas às peculiaridades desse ecossistema. No litoral brasileiro as áreas estuarinas são amplamente utilizadas por comunidades pesqueiras. A ocupação urbana desordenada e os fortes impactos ambientais atrelados ao desenvolvimento de atividades humanas e indústrias desenvolvidas às margens dos estuários, constituem uma ameaça para esses ambientes. A grande carga de poluentes lançados nos estuários e manguezais vem diminuindo o estoque pesqueiro refletindo negativamente e de forma acentuada nas condições de vida das populações ribeirinhas. Neste contexto enquadram-se as comunidades do Porto Jatobá, em Abreu e Lima e de Cuieiras em Igarassu, localizadas no estuário do rio Timbó, Pernambuco, Brasil. Os objetivos da pesquisa realizada nessas comunidades foram mapear a territorialidade de pesca e as principais fontes poluidoras da região. As áreas estuarinas devido as suas peculiaridades ambientais geralmente alagadas em decorrência da variação das marés e pouca profundidade, vegetação densa e cheia de reentrâncias e uma fauna altamente adaptada acabam por ditar uma territorialidade da pesca praticada pelo homem. A territorialidade da pesca realizou-se a partir do georreferenciamento das áreas onde os trabalhadores da pesca costumam desenvolver suas atividades de captura e catação. A definição dos focos de poluição e de denúncias relacionou os pontos de despejos de efluentes com os locais de pesca, demonstrando assim o impacto dessas atividades nos recursos naturais e na qualidade de vida das comunidades ribeirinhas que dependem do estoque pesqueiro do estuário para a sobrevivência.
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