Podem pessoas negras usar maconha para o bem-estar?

Autor: Luciana de Lima e Silva Surjus, Douglas Martins Nunes, Tadeu de Paula, Deivison Mendes Faustino, Emiliano de Camargo David
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />French<br />Portuguese
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Plural, Vol 3 (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2965-1662
DOI: 10.59099/prpub.2024.53
Popis: A regulamentação da maconha tem evidenciado desproporção racial da incidência da guerra às drogas sobre populações, alertando para a necessidade de medidas de reparação social e de promoção da equidade. O presente estudo verificou se haveria diferença nas características sociodemográficas, motivações de uso e nos riscos biopsicossociais do uso e da proibição da maconha, em se tratando de populações negras, por meio de análises quantitativas de 2685 respondentes de formulário online anônimo. A população negra teve menor escolaridade, menor renda familiar, início de uso mais tardio, e menor frequência de uso, embora tenha sofrido mais experiências de estigmatização e preconceito. Pessoas brancas tiveram maior chance de uso para diversão, relaxamento e gerenciamento de estresse, embora maior exposição a modos de obtenção ilegal. Uma limitação do estudo é não contar com uma amostra de base populacional. O uso de drogas compreendido como ocupação humana pode favorecer abordagens não estigmatizantes evidenciando forças estruturais.
Databáze: Directory of Open Access Journals