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O trabalho apresenta a riqueza de Leguminosae utilizada por 21 agricultores tradicionais em sistemas agroflorestais (SAFs) cafeeiros e fragmentos florestais na Floresta Atlântica, município de Araponga, Minas Gerais, Brasil, e as categorias de uso, importância relativa e similaridade das espécies entre os SAFs. Os dados foram obtidos através de entrevistas semiestruturadas e observação participante, entre agosto de 2005 e novembro de 2006, durante caminhadas direcionadas em sete SAFs e fragmentos florestais no entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro. Os agricultores citaram 59 espécies de Leguminosae; 86% são nativas da Floresta Atlântica, utilizadas em práticas culturais antigas, como para fazer carro de boi. Foram estabelecidas 12 categorias de uso, das quais as mais importantes foram adubo e lenha (21 spp cada). Nos SAFs, as espécies que adubam o solo (18 spp) são as mais utilizadas, e na floresta, para lenha e tecnologia (17 spp). O índice de importância relativa mostrou que na floresta, Piptadenia gonoacantha apresentou 83% de concordância quanto ao uso da madeira para cercar pastagem, enquanto nos SAFs, Inga edulis obteve 100% como alimento. Os SAFs estudados apresentam pouca similaridade em espécies (0,42 da escala Sorensen), devido à capacidade de seleção dos agricultores, proporcionando então, espaços para a conservação de espécies úteis de Leguminosae. |