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Introdução: A Esporotricose e a Leishmaniose Cutânea (LC) são doenças de manifestação cutânea com elevada importância epidemiológica, sobretudo no Estado do Amazonas. A esporotricose é uma micose subcutânea crônica causada por fungos do gênero Sporothrix, enquanto a LC é uma doença causada por protozoários do gênero Leishmania. Sob essa perspectiva, é importante salientar que, apesar de etiologias diferentes, uma pode simular a outra clinicamente, visto que ambas apresentam lesões granulomatosas ulceradas que podem se assemelhar em aparência, localização e evolução, dificultando o diagnóstico. Objetivo: Discutir semelhanças clínicas entre esporotricose e leishmaniose cutânea. O estudo visa destacar os desafios enfrentados na distinção entre essas doenças, fornecendo uma análise das características clínicas. Método: Trata-se de uma análise comparativa de casos clínicos documentados de esporotricose e LC que apresentam manifestações cutâneas em um hospital de referência em Medicina Tropical no Estado do Amazonas. Além disso, propõe-se um estudo comparativo que instiga a elaboração de uma hipótese diagnóstica a partir de imagens das lesões cutâneas, obtidas com consentimento dos respectivos pacientes diagnosticados com uma das duas doenças. Resultados: A úlcera da LC possui bordas infiltradas, elevadas e bem definidas, granulação central, coloração vermelho vivo e secreção serosa. Já na esporotricose, a lesão inicialmente pode ser descrita como uma pequena pápula eritematosa ou pústula e, posteriomente, nodular, com possibilidade de ulceração, apresentando borda irregular, eritematosa, elevada e de fundo granular. A forma cutâneo-linfática pode apresentar uma cadeia de infecção dos linfonodos, com aspecto de ''contas de rosário'', manifestando-se por nódulos ou gomas com possibilidade de ulceração. Conclusão: Portanto, devido a aparência clínica das úlceras da Leishmaniose cutânea e da Esporotricose serem semelhantes, a descrição meticulosa e a associação com os dados epidemiológicos e clínicos do paciente são essenciais para o diagnóstico adequado. Além disso, também se faz necessário o exame laboratorial em alguns casos, a fim de promover um tratamento mais efetivo ao paciente. |