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O presente artigo acompanha o estabelecimento de medidas de saúde pública contra a peste bubônica centradas na caça e na destruição dos ratos em São Paulo e no Rio de Janeiro. O argumento central do texto é que não se tratou de uma mera aplicação de uma teoria europeia no Brasil ou da difusão de um conhecimento produzido no exterior e adotado no país. Ao contrário, defende-se que a adoção dessas medidas, simbolizada na figura do “ratoeiro”, no Rio de Janeiro, foi fruto de uma circulação de conhecimento, posto que determinados saberes sobre a doença desenvolvidos por pesquisadores europeus na Índia, como Paul-Louis Simond, foram reconfigurados no Brasil e voltaram modificados para a Europa. |