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Investiga as narrativas apresentadas no Plano Nacional de Divulgação de Obras Bibliográficas (PNDOB) sobre as medidas de implementação da difusão cultural dos livros e das bibliotecas no Estado Novo no Brasil. Por meio da apropriação documental do Arquivo de Gustavo Capanema e de jornais da época, a pesquisa percorreu o caminho da Análise Crítica do Discurso (ACD), com base na análise do conteúdo e de imagens sobre os caminhos e as ações adotadas pelo Instituto Nacional do Livro (INL), com o objetivo de analisar como ocorreu e se estruturou o PNDOB. A utilização das fontes documentais foi necessária para discutir sobre como as ações do INL foram largamente difundidas em uma estrutura de caráter persuasivo e panóptico, por meio da qual o PNDOB foi instituído com o objetivo de monitorar e de controlar os livros, aplicados à instituição disciplinar, visando à correção e à ordem em nome da moral e dos bons costumes. Por essa razão, questionou-se até que ponto é possível considerar que as publicações e as iniciativas criadas pelo INL eram benéficas para a sociedade do período do Estado Novo, pois, mesmo existindo toda a aparente disseminação dos livros e das bibliotecas, outros tipos de livros foram considerados nocivos para a sociedade e procurados em todos os cantos do Brasil para saírem de circulação. Os resultados indicaram o PNDOB do INL com uma estrutura persuasiva e panóptica e um volume próximo de 88 folhas, entre inúmeros gráficos, organogramas e planejamentos. Conclui-se que é possível pensar sobre se as ações do INL encontraram uma atitude benéfica, uma vez que foi detalhadamente organizada em favor da educação e da cultura varguista da constante expansão da informação sob a ordem de controle bibliográfico, e como aconteceu o acesso ao conhecimento e às políticas de informação por meio dos livros no Brasil. |