Qualidade de vida e dimensão ocupacional na esquizofrenia: uma comparação por sexo

Autor: Clareci Silva Cardoso, Waleska Teixeira Caiaffa, Marina Bandeira, Arminda Lucia Siqueira, Mery Natali Silva Abreu, José Otávio Penido Fonseca
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2006
Předmět:
Zdroj: Cadernos de Saúde Pública, Vol 22, Iss 6, Pp 1303-1314 (2006)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1678-4464
0102-311X
DOI: 10.1590/S0102-311X2006000600019
Popis: A esquizofrenia afeta desfavoravelmente a qualidade de vida dos pacientes, mas seu impacto pode variar de acordo com o sexo. Diferenças relatadas têm orientado o planejamento de intervenções específicas. O objetivo deste estudo foi investigar a qualidade de vida por sexo em pacientes com esquizofrenia, explorando o domínio ocupacional. Foi conduzido um estudo transversal com pacientes em acompanhamento ambulatorial, mensurando a qualidade de vida por meio da Quality of Life Scale (QLS-BR). Comparações dos escores de qualidade de vida foram feitas, seguidas de análises multivariadas usando a árvore de classificação (CHAID) e a regressão logística ordinal. Os resultados apontam melhor qualidade de vida para mulheres (p < 0,05). No domínio ocupacional, o estado civil apresentou-se como a variável mais relevante: mulheres e homens solteiros apresentaram baixa qualidade de vida quando comparados com os casados, respectivamente OR = 4,5 (IC95%: 1,2-16,6) e OR=10,0 (IC95%: 2,9-33,3). Duração da doença (> 5 anos) outro marcador importante, porém no modelo logístico esta variável associou-se à baixa qualidade de vida somente para os homens (OR = 3,2; IC95%: 1,1-9,0). Mulheres apresentaram melhor qualidade de vida, sugerindo maior envolvimento ocupacional, possivelmente resultante de uma maior demanda social e em atividades do lar.
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