PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO EM MULHERES PROFISSIONAIS DO SEXO EM BELÉM, PARÁ, NORTE DO BRASIL

Autor: Lidia Bolivar Luz da Silva, Antonia Cherlly Aparecida Araujo, Thais Mayara da Silva Carvalho, Maisa Silva Sousa, Luiz Fernando Almeida Machado
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 27, Iss , Pp 103563- (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2023.103563
Popis: Introdução: A infecção pelo papilomavírus humano (HPV) é a infecção sexualmente transmissível (IST) mais comum no mundo. Os tipos de HPV de alto risco oncogênico, estão associados ao desenvolvimento do câncer de colo do útero (CCU) que apresenta altas taxas de prevalência e mortalidade no Pará. Nesse contexto, mulheres profissionais do sexo (MPS), encontram-se em situação de vulnerabilidade para essa infecção e a outros fatores que podem se constituir como fatores de risco para a aquisição e persistência do HPV, favorecendo o desenvolvimento do CCU. Objetivo: Identificar o perfil sociocomportamental de MPS atendidas em ações de pesquisa universitária, além da prevalência e fatores associados à infecção pelo HPV, bem como identificar o tipo de HPV. Métodos: Foram investigadas mulheres atendidas por meio de busca ativa em casas noturnas, no período de junho a dezembro de 2022. Foi realizada a pesquisa molecular do HPV amostras de secreção cérvico-vaginal, por amplificação do genoma viral pela PCR. Também foi realizada captura híbrida em amostras viáveis, o que possibilitou a identificação do tipo de HPV. Foi realizada estatística descritiva no programa Microsoft excel. Resultados: As 17 mulheres atendidas nas ações possuíam idade média de 32 anos (DP = 12,8). Se declararam heterossexuais (n = 12; 70%), solteiras (n = 10; 59%), não fumantes (n = 10; 59%), relataram não utilizar o preservativo em todas as relações sexuais (n = 10; 59%), tinham dois ou mais filhos (n = 14; 82%), sem abortos (n=14; 82%) e com sexarca em média aos 14 anos (DP 2,3). A prevalência da infecção por HPV foi de 35% (n = 6), metade causadas por HPV de alto risco oncogênico (31, 39, 52). A infecção foi mais prevalente em mulheres com idade menor que 30 anos (5/17; 29%), solteiras (n = 4; 66%) assim como foi mais observada entre as mulheres que relataram realizar em média 5 programas por dia. Metade das mulheres que tiveram resultado positivo declararam ter usado drogas ilícitas em programas, aceitaram não usar preservativo em todos eles, bem como tabagismo (n = 3; 50%). Todas as positivas relataram algum problema ginecológico, como: dores durante a relação sexual, sangramento fora do período menstrual, corrimento anormal, etc. Conclusão: A prevalência da infecção por HPV encontrada, principalmente aquelas de HPV de alto risco oncogênico, ratifica a importância de ações de extensão voltadas para prevenção da infecção e rastreamento do CCU em populações vulneráveis para essas infecções, como as MPS.
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