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O objetivo deste artigo é analisar transformações nas rotinas jornalísticas de uma editoria esportiva numa redação integrada de um veículo de comunicação localizado em Porto Alegre (Rio Grande do Sul, Brasil). São discutidos conceitos que entrelaçam questões relativas ao jornalismo, ao futebol e ao gênero. A investigação foi realizada a partir de um estudo de caso (Braga, 2008; Yin, 2005) na editoria de esporte, especialmente com as responsáveis pela cobertura do futebol feminino. Os procedimentos metodológicos foram a observação participante (Winkin, 1998; Angrosino, 2009), a elaboração de protocolos para a observação das rotinas produtivas e as entrevistas semiestruturadas (Duarte, 2012), técnica que foi usada para entrevistar duas jornalistas. Entre os resultados, figuram as transformações do jornalismo a partir da inserção de redes sociais midiáticas como estratégia para ampliar a circulação de informações. Além disso, observou-se que as jornalistas são reconhecidas pelos públicos que acompanham a cobertura do futebol feminino, ocorrendo protagonismo e atorização (Fausto Neto, 2012). A observação e a entrevista evidenciaram a precarização do trabalho jornalístico —seja na produção de conteúdo em distintos formatos, seja no fato de a produção ocorrer em horário posterior ao qual as jornalistas trabalham na redação—. |