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O objetivo deste texto, parte de uma dissertação de mestrado, é discutir relação entre docentes e as condições que enquadram a Educação Musical em currículos escolares. A pesquisa esteve apoiada em estudos sobre currículo e, por este caminho, compreendeu currículo em dois sentidos: um, mais amplo, como tudo aquilo que acontece nas escolas; outro, para além disso, como uma tecnologia de poder e subjetivação que tem efeitos nas docências. O currículo, nesta perspectiva, é muito mais do que organização da escola e do conhecimento; é, antes de tudo, um instrumento de poder, que institui significados e representações para as condutas. As/os docentes caracterizaram a EM como um componente desvalorizado, precarizado e, nesta condição, os relatos foram de angústia, confusão, indignação e, também, desesperança de que mudanças sejam possíveis para a EM. Defende-se que os depoimentos docentes não deveriam ser a fonte exclusiva das preocupações. O que foi colocado e descrito são, antes de tudo, efeitos das diferentes relações de poder que disputam a educação e implicam currículos e docências buscando delimitar o que importa como conhecimento escolar e conduta de docente. |