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A bacia hidrográfica do rio São Marcos, localizada no alto Paraná entre os estados de Goiás e Minas Gerais e o Distrito Federal, apresenta conflito hídrico de grande relevância entre o setor hidrelétrico (operação em cascata das centrais hidrelétricas Batalha – potencial de 52,5 MW e Serra do Facão – potencial de 210 MW) e o setor agrícola (total outorgado de 65,7 hm3 /mês em meados de 2017). O objetivo deste artigo foi avaliar a carga máxima afluente de amônia, nitrato e fósforo total que os reservatórios suportam para ainda se enquadrar aos limites definidos na Resolução Conama 357:2005. A calibração do modelo a partir da ferramenta AQUATOOL, entre outubro de 2014 e setembro de 2017, forneceu bom ajuste entre as simulações e os dados medidos (para os parâmetros OD, DBO, nitrogênio orgânico, amônia, nitrato e fósforo total) em quatro postos de monitoramento. Os cenários mostraram capacidade máxima de aporte de 4,19, 9,18 e 0,055 ton/km2 .mês de amônia, nitrato e fósforo total, respectivamente, para as sub-bacias de contribuição de Batalha e de 1,30, 3,34 e 0,019 ton/km2 .mês de amônia, nitrato e fósforo total, respectivamente, nas sub-bacias de contribuição de Serra do Facão, todas a jusante do reservatório de Batalha. De forma geral, o estudo contribui para o planejamento e gestão de uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica do rio São Marcos. |